Profissionais do HEPR participaram de I PIT STOP de Saúde Mental

“Ei, medo! Eu não te escuto mais, Você não me leva a nada, nada, E se quiser saber pra onde eu vou, Pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou”, foi ao som da oportuna música na voz de  J. Quest que os profissionais do Hospital Escola Portugal Ramalho, (HEPR) participaram nesta manhã (25), no miniauditório Marily Granjeiro, do I PITSTOP da Saúde Mental, levantando a temática do Medo como interferência na vida das pessoas. A atividade, uma parceria dos setores de Educação Permanente, DGP e NESMT, “nasceu com a motivação do Janeiro Branco, quando vimos a necessidade de uma parada na jornada de trabalho para dialogarmos sobre saúde mental”, destacou a diretora de Gestão de Pessoas do HEPR, Gleide Villela.

O momento foi facilitado pelas psicólogas Roseana Sampaio e Dalzira Santos que abriram discussão para as várias dimensões originadas do medo. “Antes de sentir medo,  a pessoa experiencia a ansiedade, que é uma antecipação do estado de alerta. Em alguns casos, o organismo reage de forma exagerada ao medo, fazendo com que esse estado de alerta, benéfico em muitos momentos da vida, transforme-se em um estado patológico, quando o medo se transforma em fobia”, esclareceu Roseana. Segundo ela, é a relação que o sujeito estabelece com o mundo que o cerca que determina a orientação do temor. “Quando chegamos a esse estágio, a aversão passa a ser considerada fobia, neste caso, o medo não prepara o indivíduo para decidir entre lutar ou fugir, ele o paralisa, impede que se relacione com o objeto de seu pavor”, explicou a psicóloga. As dinâmicas interativas também puderam direcionar o público para outras visões do medo.

De muita interatividade, servidores traziam relatos de vivências com o medo. Foi, por exemplo, a experiência da assistente social Sônia Loureiro que expôs o seu pavor frente ao risco de desabamento de sua residência no bairro do Pinheiro, um das regiões afetadas pela subsidência do solo, ocasionada pela Braskem com a exploração de sal. “Desde que comecei a ouvir barulho de rachaduras à noite na minha casa, não estava conseguindo mais dormir, o medo de que um abalo sísmico pudesse acontecer a qualquer hora, me paralisava, não me permitindo o relaxamento, mesmo estando muito cansada”, explanou Loureiro.

O evento será realizado todas as últimas quintas-feiras do mês e sempre trazendo novas abordagens.