A emoção hoje, (18), tomou assento no Hospital Escola Portugal Ramalho (HEPR). C.D.S da Ala Nossa Casa, inaugurou pela manhã, o projeto de visita virtual construído no ano passado em decorrência da pandemia que terminou por comprometer os encontros presenciais. A usuária pôde conversar com a mãe, pai, tia, e também com a prima virtualmente. Muito choro, saudades e pedidos marcaram esse primeiro encontro de C.D.S com os familiares, após oito dias internada na unidade hospitalar.
“O setor de Serviço Social começou a observar a expansão de ligações de familiares em busca de informações dos pacientes que fez crescer em 100% as chamadas telefônicas. Tivemos a sensibilidade, então, de encontrar uma nova forma de acolhimento neste cenário diferente em que estamos”, ponderou a assistente social Sâmia Lemos, coordenadora do setor de Humanização do HEPR.
De acordo com o projeto, as visitas virtuais foram divididas durante toda a semana. Ficando as segundas e quartas-feiras para as mulheres e as terças, quintas e sextas-feiras para as alas masculinas já que são em maior número. “Mas, obviamente, como estamos trabalhando com pacientes psiquiátricos, surgem os casos excepcionais em que precisamos quebrar o cronograma e atender as demandas que forem surgindo”, destacou. Segundo Lemos, após uma semana de internação, passado o sofrimento mental inicial, o usuário já está apto a entrar no agendamento das visitas on-line. “Entendemos também que nem todos os familiares terão aparelhos compatíveis e estão localizados em regiões com sinal acessível de internet para uma chamada de vídeo e, neste caso, a interação poderá ser realizada com chamadas telefônicas convencionais”, esclareceu a diretora-geral do HEPR, assistente social Maria Derivalda Andrade, enfatizando, ainda, que o plano vai sendo amoldado continuamente aos formatos mais recentes.
Com todo o apoio técnico recebido da Uncisal, que cedeu aparelho celular e chip, as visitas virtuais só não serão realizadas nos fins de semana. As coordenações juntamente com a equipe de profissionais das alas ficarão com a incumbência de agendar dia e horário das visitas e fazer a ponte com os familiares.