A Vila Renascer promoveu nesta quarta, (13), conferência sobre empoderamento feminino dentro do projeto ‘A Vila Renascer não é casa de mãe Joana” dirigido a profissionais e usuários da unidade. A assistente social Miriam Soares e a estagiária de Psicologia Bárbara de Carvalho da Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos ministraram palestra sobre o assunto abordando tópicos como diferenças de gênero, como as mulheres são vistas pela sociedade, violência e respeito à mulher, apresentando, ainda, orientação sobre a Lei Maria da Penha, como, onde e quando deve ser feita a denúncia em caso de maus-tratos. “A nossa sociedade diferenciou mulheres e homens em uma prática social e, em seguida, atribuiu maior valor às características masculinas. E quando você tem dentro de si uma diferença, uma atribuição de maior e menor valor, gera-se a desigualdade”, colocou a assistente social Miriam Soares.
Para Miriam, o mais comum é ouvirmos falar do enfrentamento à violência contra as mulheres na vida adulta, tornando a discussão adultocêntrica. “Porém, não chegamos nessa vida pessoas adultas e o fato é que antes mesmo do nascimento, o processo de construção social do gênero já está instalado. Basta considerar as expectativas sobre esse ser humano que vai vir, se é menino ou menina. Ou seja, nem nascemos e já se tem um modelo de que corresponderá ao ser homem ou mulher. O problema é que ele se baseia em estereótipo”, complementou.
Segundo a acadêmica de Psicologia, Bárbara de Carvalho, na vida das meninas isso é absurdamente danoso porque a sociedade patriarcal não só vai dar menos oportunidade a elas, como menos valor a tudo que elas produzem, passando pelo controle do corpo e da sexualidade, com repercussão na vida adulta. “Um tapa, um empurrão, um xingamento, um constrangimento, uma humilhação ou uma ameaça. A violência contra a mulher têm várias formas. E apesar de todas as medidas que vêm sendo tomadas nos últimos anos, a violência contra a mulher possui proporções epidêmicas, representando um importante problema de saúde pública global.”