O Hospital Escola Portugal Ramalho, (HEPR),localiza familiares de pacientes da Ala feminina Nossa Casa. As usuárias foram reconhecidas por parentes e vizinhos após exibição de matéria jornalística em programa de televisão local. Ao todo, eram quatro mulheres que conviviam na Unidade hospitalar há cerca de um ano sem referência familiar e com endereço desconhecido.
Segundo a enfermeira da Ala, Renise Oliveira, as histórias em torno das pacientes são muito semelhantes. “Elas são Maria do Socorro, trazida pela Secretaria de Cultura do município de Delmiro Gouveia, Maria Cicera que chegou pela equipe do SAMU como moradora de rua portando o nome de Maria Cicera da Conceição e, posteriormente, após reportagem, sendo reconhecida por vizinhos como Maria Cícera de Melo. Tem, ainda, Vera Lúcia, que foi deixada pelo filho há mais de um ano. O Setor de Serviço Social do Hospital fez várias tentativas sem sucesso, detectando que o número de contato telefônico deixado pelo filho, estava incorreto. A última é Débora Pereira, que carrega um problema social na família. No dia anterior ao seu internamento, um dos três filhos morreu assassinado por motivo de droga, sendo os outros dois também dependentes químicos”, relata a enfermeira.
A Nossa Casa tem capacidade para 25 pacientes do sexo feminino em regime hospitalar de 24 horas. São usuárias sem referências familiares e, portanto, residentes com patologias psiquiátricas em processo de cronificação.