Tapetes de todas as cores e tamanhos são produzidos todos os dias no setor de Recreação pelas usuárias do Hospital Escola Portugal Ramalho, (HEPR), que descobriram nessa arte manual a melhor maneira de aproveitar o tempo. Assim é o caso da Albani dos Santos, que no intervalo de um tapete e outro, também adora recitar poesias para quem chega no ambiente. “Eu gosto de fazer os tapetes, porque depois eu vendo e com o dinheiro o pai João sai comigo para o comércio e eu compro minhas coisinhas”, destaca Albani, toda empolgada.
A Cleonice da Silva, a Cleo, foi motivada a confeccionar tapetes depois que viu as colegas fazendo. Para o coordenador do setor, psicólogo João Neto, a maior motivação das usuárias que formam o grupo das “tapeceiras” é o incentivo financeiro “Elas veem na atividade, uma forma de adquirir o que deseja, como cosméticos, perfumes, bolsas e no caso específico da Cleo, o que ela mais gosta são dos lanches variados, como coxinha, refrigerante, pastel e pizza”, declara.
Assim também se repete com a Leonilda, a Leo, que reside na unidade há mais de 30 anos, segundo relatos de funcionários mais antigos. A Amara da Silva, a Mara, com apenas um mês no ofício, é a maior surpresa do grupo. “Não imaginávamos que a Mara conseguisse fazer um tapete sequer. Ela surpreendeu a todos nós com um tapete branco, bem felpudo, que inclusive já está vendido”, enfatiza Neto. A Caçula do time é Deisiane, com 19 anos, também faz parte da mesa e confecciona lindos pisantes.