Para contribuir com o enfrentamento do crescimento das tentativas de suicídio em Alagoas, o Hospital Escola Portugal Ramalho, (HEPR) realizou ontem, (30), o encerramento da Campanha Setembro Amarelo com palestra da assistente social e apoiadora técnica da Secretaria de Estado de Saúde (Sesau), Telma Cunha, apresentando o Plano de Enfrentamento ao suicídio e linha de cuidado que está sendo finalizado pela SESAU até dezembro de 2019.
“Ainda neste ano estaremos concluindo o plano, que promoverá um novo patamar na prevenção e cuidado do suicídio em Alagoas”, destacou a apoiadora técnica à Supervisão de Atenção Psicossocial para a 7ª região de Saúde da Sesau.
Telma Cunha também reforçou que o plano está promovendo oficinas de capacitação com a participação de profissionais dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), Secretarias Municipais de Educação, Gerência de Doenças e Agravos Não Transmissíveis da Sesau e ao Centro de Promoção de Saúde, Educação e Amor à Vida (CAVIDA).
De acordo com Telma, a ideia de criar o Plano Estadual de Prevenção ao Suicídio surgiu como estratégia de enfrentamento ao crescimento do índice de tentativas de suicídio e de violências auto provocadas no estado de Alagoas.
Dados obtidos da SUVISA- Superintendência de Vigilância através da Gerencia de Vigilância e Controle de doenças não-transmissíveis –GEDANT da SESAU/AL, indicam que o número de violência por lesão autoprovocada em Alagoas atingiu, no período de 2014 a 2018, 5.337 pessoas, sendo 1.631 homens e 3.706 mulheres. Quantos aos óbitos por suicídio foram notificados 729, de 2013 a 2018, conforme dados apresentados pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM).
Quem também trouxe informações sobre o enfrentamento ao comportamento suicida em Alagoas foi a assistente social do Caps Rostan Silvestre, especialista em Saúde Mental com aperfeiçoamento em comportamento suicida, Márcia Arruda.
De acordo com ela, a temática precisa ser abordada, desde que com responsabilidade. “Essa ação é essencial para toda comunidade. Falar sobre o suicídio é a forma mais eficaz de prevenir. Esclarecer, informar e oferecer um espaço acolhedor de ajuda tem grandes impactos na vida de uma pessoa em sofrimento”, frisou.
A iniciativa foi uma parceria do Núcleo de Educação Permanente e Direção de Gestão de Pessoas do HEPR.