É pedindo passagem que cerca de 3 mil pessoas são esperadas este ano para o desfile da 18ª edição do tradicional Bloco Maluco Beleza do Hospital Escola Portugal Ramalho, (HEPR), que acontece no próximo dia 04 deste mês com concentração a partir das 13 horas, no estacionamento da Unidade Hospitalar. Quem quiser acompanhar o bloco pode pegar sua camisa gratuitamente no inicio da tarde na sede do hospital. Na camiseta, o folião vai encontrar a frase “Droga, quem afinal é você? Nadar nesta praia pra quê? Saia dessa ideologia e caia na folia”, escrita pelo usuário da Oficina da Mente, José Cícero da Silva, fazendo alusão à dependência química que é considerada atualmente como o mal do século, atingindo principalmente os jovens.
O Maluco Beleza vai percorrer as ruas do entorno da Unidade e a Avenida Fernandes Lima, uma das principais vias de tráfego de veículos de Maceió.
Com toda estrutura de segurança montada, os usuários acompanharão o bloco supervisionados pelos auxiliares e técnicos de Enfermagem, assistentes sociais, psicólogos, enfermeiros, terapeutas ocupacionais e médicos da instituição.
Pacientes que não tiverem condições físicas de desfilar a pé, participarão da festa em carro aberto do hospital. Uma grande corda vai delimitar a área do bloco, que terá reforço da Polícia Militar, assistência médica da SAMU. além da ambulância da instituição que fará todo o trajeto para socorro em casos de emergência.
Animados pela Banda de Marechal Deodoro e Orquestra de frevo Santa Cecília do município de Piranhas, os foliões vão sentir de perto a felicidade estampada nos rostos do Rei José Poliano da Silva da Oficina da Mente e da Rainha Elaine Natália, do Caps Casa Verde, eleitos no último dia 28 por comisão julgadora que observou alegria e desenvoltura dos candidatos.
Segundo o gerente geral do HEPR, psiquiatra Audenis Peixoto, ações como esta fazem com que o usuário sinta-se inserido na sociedade. Para o psiquiatra, é participando de eventos importantes como é o caso do Carnaval, maior festa popular do país que eles se sentem fortes e estimulados a seguir em frente. ” Queremos que eles percebam que estão internos para receber tratamento psiquiátrico, o que não implica em dizer que eles não sejam capazes de vivenciar momentos compartilhados por todos, como é a festa de momo”, explica o médico.
De acordo com o psicólogo e organizador do evento, João Neto, após o desfile, a brincadeira vai continuar para quem tiver fôlego, no estacionamento do HEPR. ” A entrada é franca e, para cair na folia, só é necessário apresentar alegria e paz no coração”, enfatiza Neto.